Resenha a 'Canteiro de obras', por Alexandre Shiguehara
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Uma alegria, para mim, estar ao lado do Anderson Lucarezi, do Roberto Bicelli e do Antonio Carlos Secchin na dedicatória. Considero honrosa essa posição, ainda mais depois da releitura do livro, que sempre confirmará, a cada vez que se repetir, a expectativa alta que a sua poesia gera nos leitores, desde o surgimento do Polióptico . Como você já sabe, o Canteiro de obras é exigente com o leitor. Ele não apenas resiste à releitura, mas a requer para que se perfaça uma recepção condizente com o rigor da concepção e da fatura. A exemplo da poesia de João Cabral, que permanece como uma referência estilística fundamental, a sua dispensa o artifício das imagens e ritmos envolventes que embalam os sentidos. É o pensamento, no fundo, a sua origem e o seu fim. À primeira vista, o título e a estrutura da obra parecem indicar a reafirmação da analogia já consagrada em Cabral (desde O engenheiro ) entre poesia e arquitetura, poesia e engenharia, sob