AO LONGO DO RIO: JOÃO CABRAL E TRÊS POEMAS DO CAPIBARIBE, de Alexandre Koji Shiguehara
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O poeta João Cabral de Melo Neto (que daqui a poucos dias completará cem anos) define, em um ensaio intitulado "Da função moderna da poesia", duas vertentes ou duas águas através das quais escreve: por um lado, uma vertente "participante", por outro, uma vertente da "investigação formal". Ambas as águas, escreve Alexandre Shiguehara, "são duas formas de conceber a comunicabilidade da po esia". Nisso o poeta se punha em posição quase oposta à da poesia moderna, que, ao exacerbar o vetor da 'expressão', teria negligenciado, do ponto de vista do poeta pernambucano, a contraparte indispensável da 'comunicação'. A questão que se coloca é como essas vertentes determinam a poesia de João Cabral. Em que essa poesia participante contribui, por exemplo, com a poesia da investigação formal (a "poesia-poesia", na expressão de Haroldo de Campos) e como uma se relaciona com a outra. Parece-me que é esse o problema que Alexandre